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Prémio Stromp 2015

Lista de vencedores:

Atleta do Ano: Sara Moreira (atletismo)
Atleta do Ano: João Costa (tiro)
Futebolista do Ano: William Carvalho
Mundial: Tiago Petrony (futebol praia)
Mundial: Rui Coimbra (futebol praia)
Mundial: Jordan (futebol praia)
Mundial: Belchior (futebol praia)
Mundial: Madjer (futebol praia)
Europeu: Emanuel Silva (canoagem)
Europeu: Equipa de hóquei em patins vencedora Taça CERS
Europeu: Equipa judo masculina 
Europeu: João Mário (futebol)
Europeu: Tobias Figueiredo (futebol)
Europeu: Carlos Mané (futebol)
Europeu: Ricardo Esgaio (futebol)
Europeu: William Carvalho (futebol)
Europeu: Iuri Medeiros (futebol)
Europeu: Paulo Oliveira (futebol)
Europeu: Ricardo Fernandes (kickboxing)
Europeu: Bruno Susano (kickboxing)
Europeu: João Vaz (natação adaptada)
Revelação do Ano: Gelson Martins (futebol)
Academia Sporting: Pedro Silva
Técnico do Ano: Jorge Jesus (futebol)
Dirigente do Ano: Carlos Cruchinho (natação)
Coordenador: Rui Alves (tiro)
Sócio do Ano: Manuela Rodrigues
Dedicação: Vitor Carvalho (boxe) 
Saudade: Francisco Salema (hóquei em patins)
Especial: Eugénia Martins (funcionária)
 

 

Prémios Stromp

A entrega dos Prémios Stromp, galardão para os melhores atletas e dirigentes do ano do clube de Alvalade, já tem data marcada: 18 de Dezembro, pelas 20 horas, no Hotel Sheraton, em Lisboa.
Será a 52ª edição dos Prémios Stromp, mas os vencedores ainda não foram divulgados. Refira-se que as inscrições ainda estão abertas para o evento, ao preço de 35 euros e limitadas à capacidade da sala.
 
 

Prioridades do Sporting são as competições em Portugal.

Apesar do Sporting partir para a quinta jornada no terceiro lugar do grupo H, Jorge Jesus passou a mensagem de que não vai alterar a filosofia que tem adotado para os encontros referentes à Liga Europa, pelo que se perspetivam várias alterações na equipa que vai entrar em campo frente ao Lokomotiv.
 
«Vou escolher aqueles que, para mim, são os melhores para este jogo. Estou condicionado a três resultados e a partir daqui tudo pode acontecer. Sou eu que escolho e lidero a equipa», avisou Jorge Jesus, na conferência de imprensa de antevisão ao embate com o Lokomotiv.
 
«Como tenho feito sempre, vou escolher os melhores, acreditando que essa decisão será a melhor para o jogo e para o futuro do Sporting. Vou continuar a tomar as mesmas decisões. Sou eu que decido e não vou fugir um milímetro em relação ao que pensei para a Liga Europa», acrescentou, antes de repetir uma mensagem habitual antes dos confrontos europeus.
 
«O Sporting está a tentar recuperar o prestígio e tem prioridades, que são as competições em Portugal», sublinhou.

Um dérbi com golos garantidos

Um dérbi entre Sporting e Benfica é sempre motivo de grande interesse no panorama do futebol português, mas quando o jogo é a eliminar ganha um sabor especial. Aconteça o que acontecer no sábado, uma coisa é certa: apenas um dos grandes de Lisboa vai continuar na corrida ao título da 'prova rainha'.

Olhando para os últimos 50 anos de história da competição, é possível verificar que não é frequente que as duas equipas se encontrem, em particular nos últimos anos. A última vez que aconteceu até nem foi há tanto tempo - em 2013/14, vitória do Benfica - mas antes disso só em 2007/08. Ao todo, foram 17 encontros em 50 temporadas. Uma coisa não parece falhar, porém. Contrariando a tradição de jogos a eliminar, os dérbis lisboetas na Taça têm tido muitos golos, e até algumas goleadas.
Nesses 17 encontros, foram apontados uns incríveis 71 golos: mais de quatro golos por cada jogo. Só nos últimos três encontros, por exemplo - e naturalmente retirando da conta os golos na marcação de grandes penalidades - registaram-se 21 golos. Sete golos por jogo, imagine-se.
Os fãs do futebol ofensivo têm então razões mais do que suficientes para aguardar com antecipação o duelo de Lisboa, mas o que podem esperar os adeptos de cada clube? A história, naturalmente, vale pelo que vale, e factores como a forma das equipas e a qualidade dos jogadores assumem maior preponderância, mas vale sempre a pena analisar a tendência dos últimos anos.
Essa tendência, olhando para as últimas cinco décadas, revela um impressionante equilíbrio: nove vitórias para o Benfica e oito para o Sporting. Olhando apenas para a última década, porém, a vantagem benfiquista é mais clara: cinco vitórias 'encarnadas' contra duas vitórias dos 'leões'. Na última vez que as duas equipas se encontraram na Taça, aliás, foi o Benfica quem triunfou, com uma vitória por 4-3 após prolongamento.
Decorria a década 2013/14 e Óscar Cardozo assumia-se como referência do ataque benfiquista, tendo apontado um 'hat-trick' nesse dérbi lisboeta da quarta eliminatória.
No capítulo das goleadas, há também equilíbrio. Os 'encarnados' registaram o maior triunfo, com um 5-0 em 1985/86, mas o Sporting pode gabar-se de um 3-0 em 1982/83 e de um 4-1 na final de 1970/71.
Há ainda assim dois fatores importantes que jogam a favor dos 'leões': o tão valorizado fator casa, com Alvalade pronta para apoiar a equipa de Jorge Jesus, e o facto de ser o atual detentor do troféu, graças ao triunfo diante do Sporting de Braga na última temporada, ainda com Marco Silva ao leme.
Neste espaço de tempo, cada vez que os leões jogaram em casa nunca perderam, totalizando sete vitórias em sete partidas.
 
Jogos entre Sporting e Benfica para a Taça de Portugal nos últimos 50 anos:
 
2013/14: Benfica 4-3 (a.p.) Sporting (4ª eliminatória)
2007/08: Sporting 5-3 Benfica (Meias-finais)
2004/05: Benfica 3-3 (7-6 g.p.) Sporting (Oitavos-de-final)
1999/00: Benfica 1-3 Sporting (Oitavos-de-final)
1995/96: Benfica 3-1 Sporting (Final)
1986/87: Benfica 2-1 Sporting (Final)
1985/86: Benfica 5-0 Sporting (Quartos-de-final)
1983/84: Sporting 2-1 Benfica (Oitavos-de-final)
1982/83: Benfica 3-0 Sporting (Quartos-de-final)
1979/80: Benfica 2-1 Sporting (Oitavos-de-final)
1977/78: Sporting 3-1 Benfica (Quartos-de-final)
1976/77: Sporting 3-0 Benfica (Oitavos-de-final)
1975/76: Sporting 1-0 (a.p.) Benfica (5ª eliminatória)
1973/74: Sporting 2-1 (a.p.) Benfica (Final)
1971/72: Benfica 3-2 (a.p.) Sporting (Final)
1970/71: Sporting 4-1 Benfica (Final)
1969/70: Benfica 3-1 Sporting (Final)

 

Sporting homenageia "Peyroteo, o "maior goleador de sempre.

Fernando Peyroteo é o grande destaque da última edição do jornal do Sporting, que apresenta na primeira página o avançado como "o maior goleador de sempre" do futebol mundial.
 
O antigo 'leão' apontou 529 golos em 327 jogos oficiais pelo Sporting, o que equivale a uma média de 1,61 golos por partida. Se forem tidos em conta apenas os golos apontados no campeonato, a média cresce para 1,68, graças aos 331 golos apontados em 197 jogos.
 
Peyroteo será homenageado em Alvalade durante o encontro de sábado com o Benfica, equipa que foi 'vítima' da veia goleadora do avançado. Em 45 jogos oficiais diante do Benfica, Peyroteo marcou por 49 vezes, sendo que nunca passou uma temporada pelo Sporting sem marcar ao grande rival de Lisboa.
 
Olhando apenas para a Taça de Portugal, Peyroteo defrontou pela primeira vez o Benfica em 1941/42, nos quartos-de-final, e marcou o segundo golo de uma goleada por 5-0.

O antigo avançado morreu a 28 de novembro de 1978 e teve direito a uma placa em Alvalade a 10 de março de 2006, dia em que, se fosse vivo, comemoraria o seu 88º aniversário.

"E o Sporting é o nosso grande amor"

A propósito dos 110 anos do Sporting, 110 personalidades dos vários quadrantes da sociedade escreveram textos de opinião sobre o seu "sportinguismo" para o livro "E o Sporting é o nosso grande amor" que será lançado ainda este mês de Novembro.

Tudo do processo Benfica vs Jorge Jesus

Cam1sola Do2e passa em revista o processo e desmonta os principais factos desta 'novela', cujo próximo capítulo está agendado para Junho de 2016.

Os principais factos do processo:

- Benfica e Jorge Jesus não chegaram a um acordo na tentativa de conciliação realizada esta terça-feira, no tribunal do Barreiro, que visava evitar um julgamento.

- O processo vai mesmo a julgamento e deverá começar no mês de junho de 2016, ou seja, um ano depois dos acontecimentos que marcaram a sua saída para o Sporting.

- O advogado Rogério Alves, ex-bastonário da Ordem dos Advogados e antigo Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, será o representante de Jorge Jesus neste processo, enquanto o Benfica estará representado pelo advogado João Correia.

- O Benfica exige 14 milhões de euros de indemnização ao seu antigo treinador por incumprimento de contrato, contactos mantidos com um funcionário do Sporting ainda durante a vigência do anterior vínculo e apropriação de 'software' confidencial do clube.

- Jorge Jesus esteve no Benfica durante seis temporadas, nas quais conquistou 10 títulos: três Ligas, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e cinco Taças da Liga.

- O treinador de 61 anos terminava contrato com o Benfica a 30 de junho de 2015, mas o seu acordo com o Sporting foi anunciado na imprensa logo nos primeiros dias desse mês. A 12 dias do fim do vínculo, Jorge Jesus visitou durante largas horas a Academia leonina de Alcochete, o que terá sido considerado pelo Benfica como uma visita de trabalho já ao serviço do Sporting apesar de ainda estar sob contrato com os encarnados.

- O Benfica acusa Jorge Jesus de ter rescindido unilateralmente “e sem justa causa” o seu contrato no início de junho, situação pela qual teria de pagar uma indemnização de 7,5 milhões de euros ao clube da Luz. Além disto, acusa o técnico de ter assinado um novo contrato com o Sporting a 5 de Junho, portanto, ainda dentro do vínculo com o Benfica.

- No dia 5 de Junho, Bruno de Carvalho deu uma conferência de imprensa a anunciar formalmente a contratação de Jorge Jesus, que viria a ser oficialmente apresentado em Alvalade no dia 1 de julho, ou seja, um dia depois do fim formal do contrato com o Benfica.

- O site Football Leaks revelou o pedido de esclarecimento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ao Sporting e a resposta dos leões, onde se revela através do administrador leonino Carlos Vieira que os contactos com Jorge Jesus se iniciaram “terça-feira, dia 2 de junho, com uma reunião à hora do jantar”, na “presença de Jorge Jesus, do seu advogado Luís Miguel Henrique e de Bruno de Carvalho”. “Na quarta-feira, dia 3, foi assinado um princípio de acordo”, refere a nota, onde se esclarece ainda que nesse documento foi estipulada “a duração do contrato e o valor da remuneração fixa”.

Futebol aos Domingos de manhã

A realização de jogos às 11h00 de domingo ainda divide profissionais do futebol e adeptos. Dois aspectos têm pautado a discussão. Um deles é o calor, já que várias partidas poderão ocorrer com o sol a pique. Outro é o público, com estádios cheios e médias próximas ao futebol espanhol e italiano.
 
No Brasil, o sucesso de público e as possibilidades de ações específicas com os adeptos levaram os clubes a pedirem o aumento do número de jogos. A partir da 15ª jornada do Brasileirão, duas partidas passaram a ser realizadas às 11h. Desde o início, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, deixou claro que: «Este novo horário não é uma imposição. É uma parceria e está em análise constante».
 
Este horário ainda divide opiniões entre os profissionais do futebol. Um dos principais argumentos favoráveis é o público.
 
No Brasil (como parâmetro), a média nos jogos disputados às 11h supera os campeonatos europeus da temporada passada. O Italiano teve 21.986 pagantes/partida, e o Francês, 22.105. Além disso, aproxima-se do Espanhol (26.719). Porém, ainda fica distante do Alemão (43.532) e do Inglês (36.176).
 
Este horário, no entanto, pode provocar um desgaste excessivo principalmente em dias de calor.

Quanto pesa um «arraso» num clássico?

O que tem o percurso de Rui Vitória como treinador em comum com os de Bobby Robson, António Oliveira, Carlos Carvalhal, Carlos Queiroz, Fernando Santos, Augusto Inácio, Marco Silva, Jesualdo Ferreira, Toni ou Jorge Jesus, entre muitos outros? Bem, a partir do último domingo, o técnico do Benfica passou a integrar o grupo dos que já sofreram derrotas pesadas em clássicos, por três golos de diferença, ou mais. Definindo por clássico todas as combinações de jogos entre Benfica, Sporting e FC Porto, fomos olhar ao que aconteceu nas últimas 30 épocas. O objectivo: tentar perceber alguma coisa do impacto que um resultado tão negativo tem sobre as carreiras da equipa e do treinador que o sofrem. 

As contas são estas: além do dérbi do passado domingo, houve mais 25 clássicos, de 1986 para cá, que terminaram com três golos de diferença ou mais. Desses, 16 foram para a Liga e nove para provas a eliminar – Taça, Taça da Liga e Supertaça, com três cada. 

Mortimore e Inácio, exceções à regra dos três golos 
A primeira constatação não surpreende: é muito raro que uma equipa acabe por conquistar o campeonato depois de sofrer uma derrota tão pesada. Mas há exceções, claro: a mais famosa de todas, aconteceu na temporada 1986/87, quando o Benfica, depois de perder 7-1 (!) em Alvalade embalou para a conquista do título e da Taça, graças a uma sequência de 23 jogos sem derrota, no terreno. O treinador era John Mortimore, mas não teve direito a happy end já que acabou por ser dispensado, mesmo com a dobradinha. 
 
A outra exceção notável à regra dos três golos foi protagonizada pelo Sporting, em 1999/2000. Então comandados por Augusto Inácio, que tinha sucedido ao italiano Materazzi, os leões viviam ainda um início de época atribulado. A derrota por 3-0 nas Antas, diante do FC Porto, à 9ª jornada, em outubro, parecia deixá-los fora do título, em sexto lugar a cinco pontos do líder. Mas esse foi o ponto de viragem: a partir daí a equipa esteve 28 jogos sem perder e acabou por conquistar o título, ao fim de 18 anos de jejum. 
Houve mais três casos em que o campeão sofreu derrotas pesadas em clássicos, nesse ano, mas foram situações especiais: em 2008/09, o FC Porto, comandado por Jesualdo Ferreira, perdeu por 4-1 em Alvalade, para a Taça da Liga, em Fevereiro. Mas essa era uma competição assumidamente desvalorizada pela estrutura portista: em Alvalade, jogou um onze à base de suplentes, e nessa época o FC Porto acabou por conseguir a dobradinha – e Jesualdo continuou no cargo por mais um ano. 
Em 1997/98, o FC Porto foi batido por 3-0 na Luz, para a Liga, mas numa altura em que já era matematicamente campeão, a duas jornadas do fim. O técnico António Oliveira viria a sair nesse verão, também com a dobradinha conquistada. Por fim, no final da época 1995/96, e já com o título conquistado, o FC Porto de Bobby Robson foi batido pelo Sporting (3-0) na decisão da Supertaça. O técnico inglês já estava de saída para Barcelona. 
 
O caso JJ: sucesso resistiu a um 5-0 no Dragão 
 
 
Excluindo esses cinco casos, sobram outros 20 em que a equipa derrotada não conseguiu inverter a tendência negativa simbolizada por uma derrota pesada. Jorge Jesus que o diga: ele, que no domingo impôs ao Benfica um dos maiores desaires caseiros na história dos dérbis, sobreviveu no cargo a um devastador 5-0 no Dragão – um jogo que condenou o Benfica a uma época 2010/11 de insucesso. Mas como esse jogo veio no seguimento da conquista do título, esse lastro de confiança permitiu-lhe bater um recorde de estabilidade: depois da goleada, Jorge Jesus ainda permaneceu no banco do Benfica mais quatro anos e meio, acabando por conquistar os títulos que se sabem. 
 
 
Mas, uma vez mais, essa é exceção: dos 25 casos de derrota pesadas nos últimos 30 anos, só 11 vezes os treinadores que as sofreram começaram a época seguinte. No pólo oposto, é verdade que apenas uma vez a derrota provocou diretamente a saída do cargo – aconteceu com Augusto Inácio depois dos 3-0 diante do Benfica, em 2000/01, num processo rocambolesco que envolveu também a saída simultânea do Benfica do técnico vencedor, José Mourinho. 
 
Outra ideia importante: nem sempre a equipa consegue reagir da melhor forma – só em menos metade dos casos (12, mais precisamente) depois da derrota a doer a equipa conseguiu responder com uma vitória no jogo seguinte. Um dado especialmente importante para Rui Vitória, dado o difícil ciclo de jogos que espera o Benfica no próximo mês (Tondela, Galatasaray, Boavista e… Sporting). 
 
Atenção: quem arrasa em clássicos nem sempre é feliz .
Vendo o filme pelo lado oposto, o que significa uma vitória robusta num clássico para as equipas que a conseguem? Pois aqui os números surpreendem já que, nos últimos 30 anos, apenas em oito ocasiões um arraso ao rival num clássicos resultou na conquista do título. Jorge Jesus viveu a experiência dos dois lados da barricada: a vitória por 3-0 na Taça da Liga, sobre o FC Porto de Jesualdo Ferreira, em 2010, prenunciou a conquista do título pelos encarnados. Oito meses mais tarde, a derrota destes por 5-0, no Dragão, anunciou aos adeptos a temporada de sucesso absoluto do FC Porto de André Villas-Boas. 
Da mesma forma, a vitória de 4-1 do FC Porto, de Mourinho, sobre o Sporting, de Fernando Santos, embalou os dragões para uma histórica temporada 2003/04, que culminou com a conquista do título e da Liga dos Campeões. E, dez anos antes, o Benfica, com Toni ao comando, tinha conseguido na Luz uma das vitórias mais emblemáticas da história dos dérbis, que não só entrou para a história graças à magia de João Pinto como fez com que o título de campeão em 1994 mudasse de lado na segunda circular. 
 
Todos os clássicos «de três golos», de 1986 para cá 
 
Benfica-Sporting, 0-3 (Liga, outubro de 2015) 
Vencedor: Jorge Jesus 
Vencido: Rui Vitória 
 
FC Porto-Sporting, 3-0 (Liga, março de 2015) 
Vencedor: Lopetegui 
Vencido: Marco Silva 
 
FC Porto-Benfica, 5-0 (Liga, novembro de 2010) * 
Vencedor: André Villas-Boas 
Vencido: Jorge Jesus 
 
Benfica-FC Porto, 3-0 (Taça da Liga, março de 2010) * 
Vencedor: Jorge Jesus 
Vencido: Jesualdo Ferreira 
 
Sporting-FC Porto, 3-0 (Liga, fevereiro de 2010) 
Vencedor: Carlos Carvalhal 
Vencido: Jesualdo Ferreira 
 
Sporting-Benfica, 1-4 (Taça da Liga, fevereiro de 2010) * 
Vencedor: Jorge Jesus 
Vencido: Carlos Carvalhal 
 
FC Porto-Sporting, 5-2 (Taça, fevereiro de 2010) 
Vencedor: Jesualdo Ferreira 
Vencido: Carlos Carvalhal 
 
Sporting-FC Porto, 4-1 (Taça da Liga, Fevereiro 2009) ** 
Vencedor: Paulo Bento 
Vencido: Jesualdo Ferreira 
 
FC Porto-Sporting, 3-0 (Liga, novembro de 2004) 
Vencedor: Victor Fernández 
Vencido: José Peseiro 
 
FC Porto-Sporting, 4-1 (Liga, setembro de 2003) * 
Vencedor: José Mourinho 
Vencido: Fernando Santos 
 
Sporting-Benfica, 3-0 (Liga, abril de 2001) 
Vencedor: Manuel Fernandes 
Vencido: Toni 
 
FC Porto-Benfica, 4-0 (Taça, janeiro 2001) 
Vencedor: Fernando Santos 
Vencido: Toni 
 
Benfica-Sporting, 3-0 (Liga, dezembro de 2000) 
Vencedor: José Mourinho 
Vencido: Augusto Inácio 
 
FC Porto-Sporting, 3-0 (Liga, outubro de 1999) ** 
Vencedor: Fernando Santos 
Vencido: Augusto Inácio 
 
Benfica-FC Porto, 3-0 (Liga, maio de 1998) ** 
Vencedor: Graeme Souness 
Vencido: António Oliveira 
 
Sporting-Benfica, 1-4 (Liga, fevereiro de 1998) 
Vencedor: Graeme Souness 
Vencido: Carlos Manuel 
 
Benfica-FC Porto, 0-5 (Supertaça, setembro de 1996) * 
Vencedor: António Oliveira 
Vencido: Paulo Autuori 
 
Sporting-FC Porto, 3-0 (Supertaça, abril de 1996) ** 
Vencedor: Octávio Machado 
Vencido: Bobby Robson 
 
FC Porto-Benfica, 3-0 (Liga, novembro 1995) * 
Vencedor: Bobby Robson 
Vencido: Mário Wilson 
 
Sporting-Benfica, 3-6 (Liga, maio de 1994) * 
Vencedor: Toni 
Vencido: Carlos Queiroz 
 
FC Porto-Sporting, 3-0 (Liga, maio de 1989) 
Vencedor: Artur Jorge 
Vencido: Manuel José 
 
FC Porto-Benfica, 3-0 (Liga, junho de 1988) * 
Vencedor: Tomislav Ivic 
Vencido: Toni 
 
Benfica-Sporting, 4-1 (Liga, março de 1988) 
Vencedor: Toni 
Vencido: António Morais 
 
Benfica-Sporting, 0-3 (Supertaça, dezembro de 1987) 
Vencedor: Keith Burkinshaw 
Vencido: Toni 
 
Sporting-Benfica, 7-1 (Liga, dezembro de 1986) ** 
Vencedor: Manuel José 
Vencido: John Mortimore 
 
Benfica-Sporting, 5-0 (Taça, março de 1986) 
Vencedor: John Mortimore 
Vencido: Manuel José 
 
* A equipa vencedora foi campeã nesse ano 
** A equipa perdedora foi campeã nesse ano
 

A fragilidade defensiva do Benfica, exposta pela qualidade e organização do Sporting

O Benfica entrou no dérbi a atirar-se ao calcanhar de Aquiles do Sporting mas acabou vergado perante o rival, por culpa das pernas bambas no processo defensivo. 
  
Ao trocar Gonçalo Guedes e Nico Gaitán de lado no plano inicial, Rui Vitória procurou limitar a ação ofensiva de Jefferson e, ao mesmo tempo, explorar aquele que tem sido o ponto mais frágil do Sporting: o lado direito da sua defesa. Intensa, embora curta, a entrada positiva dos bicampeões nacionais ficou a dever-se sobretudo à ação do jovem avançado perante João Pereira. A ideia era retirar a bola da zona de pressão leonina e atacar o lateral direito antes que chegasse o apoio de João Mário. 


 
 

Só que ao primeiro contratempo o Benfica abanou por todos os lados. Tenha sido o «efeito Jesus», as memórias da Supertaça ou as polémicas que antecederam o jogo – ou tudo isto junto-, a verdade é que o Benfica jogou os restantes 83 minutos (com descontos) com as pernas bambas. 

E isso notou-se sobretudo no plano defensivo, cada vez que o Sporting passava a linha de meio-campo. Uma fragilidade já antes vista esta época, mas que a qualidade do Sporting voltou a expor, sobretudo a partir do momento em que se viu em vantagem. 
  
O primeiro golo do encontro, logo ao minuto 9, é bem ilustrativo daquilo que traçou as diferenças no jogo. O mau passe de André Almeida representa as dificuldades do Benfica na construção de jogo, sobretudo pela zona central. A interceção de Adrien premeia a coesão defensiva do Sporting, neste caso evidenciada numa reação rápida a uma perda de bola, mas também o constante apoio de João Mário e Bryan Ruiz ao corredor central. E depois o momento da finalização de Téo Gutiérrez traduz a falta de sintonia do último reduto encarnado, com Sílvio a deixar Téo Gutiérrez em jogo. 


 

Essa dificuldade para controlar a profundidade e a largura no último reduto fica visível também no segundo golo. Sílvio aparece em «terra de ninguém», tendo em conta que Guedes está junto de Jefferson, o autor do cruzamento, e o espaço entre Jardel e Luisão abre a oportunidade para o cabeceamento eficaz de Slimani. 

O Sporting foi sagaz a aproveitar a fragilidade defensiva do Benfica e poucas vezes se sentiu desconfortável do ponto de vista defensivo. O apoio de João Mário e Ruiz a William e Adrien criou superioridade leonina na zona central. Jesus deu o(s) flanco(s), mas de forma intencional. Impediu que o Benfica criasse desequilíbrios pelo meio (como era apanágio no seu tempo), e deu liberdade aos laterais encarnados sabendo que estava a arriscar pouco. Sílvio e Eliseu deram razão ao ex-treinador, ao não aproveitarem as inúmeras ocasiões em que tiveram o corredor aberto. 

 
 


O Benfica insistiu no jogo exterior, facilmente controlado pelo rival (muito bem Naldo no jogo aéreo), e quando não o fez acumulou perdas de bola. Foi assim que surgiu o terceiro golo, com André Almeida (mais uma vez mal na construção) a apostar num passe verticalizado para Gonçalo Guedes – de costas e com o marcador direto encostado – quando tinha duas alternativas mais válidas: um passe lateralizado para Sílvio, que tinha o corredor aberto, ou a tentativa de um passe de rutura para Jonas, que procurava explorar um buraco na defesa leonina. 

 

Jesus até pode ter um calcanhar de Aquiles para tratar no Sporting, mas as pernas bambas do Benfica de Rui Vitória são sintoma de problemas estruturais bem mais difíceis de resolver.