Dossiês Pity Martínez e Marcos Acuña o o que está em causa

Condicionalismo financeiro em torno do extremo dos Millonarios leva os dirigentes leoninos a movimentarem-se no processo de aquisição de Acuña, acautelando solução alternativa.
 
A intransigência dos responsáveis do River Plate em só admitir perder Gonzalo Pity Martínez pelo valor da cláusula de rescisão, 16,5 milhões de euros, não diminui o desejo do técnico Jorge Jesus em contar com o extremo de 24 anos, porém, em Alvalade, Acuña é nome que está a ser negociado. Aliás, o treinador tem feito saber junto da administração da SAD e do team manager André Geraldes que Pity Martínez é o elemento diferenciador que pretende para o lado esquerdo do seu ataque, daí que, após duas propostas recusadas, de 10 e 13 milhões de euros, os leões procurem viabilizar uma terceira irrecusável, algo possível numa de duas condições: através da repartição dos encargos financeiros com um investidor/parceiro económico ou caso consigam a liquidez necessária para a concretizar através da transferência de um dos principais activos do plantel (por exemplo, Adrien, William ou Patrício). 
Perante o impasse do dossier Pity, o Sporting avançou, ontem, as conversações com o Racing por Marcos Acuña, acautelando uma via alternativa, chegando mesmo a ser discutidos prazos de pagamento.
Em qualquer dos processos, de Pity Martínez e Acuña, a SAD tem procurado angariar o referido investimento externo, contando com a ajuda de alguns agentes devidamente conhecedores da realidade verde e branca na procura de um parceiro credível. Porém, ontem, em declarações à Imprensa argentina, o presidente do River Plate, Rodolfo D"Onofrio deu conta do desejo de contar com o extremo na campanha dos Millonarios na Taça dos Libertadores, afirmando que até à reabertura do mercado de transferências, em Janeiro, o jogador não sairá, a menos que seja batida a cláusula de rescisão. "Falei com Marcelo Simonian, que é o seu representante (de Pity Martínez), e ele confirmou-me que fica cá para conquistar a Libertadores", revelou. De momento, o processo de contratação do extremo desejado por Jesus está condicionado pela questão financeira, avançando os leões noutro tabuleiro, concretamente na compra de Acuña, e aí, o presidente Victor Blanco, em declarações à Rádio Güemes, reiterou que o extremo só deixará o clube se for depositado o valor da cláusula de rescisão, cerca de 10,6 milhões de euros.